Fantasmas Familiares

Fantasmas Familiares é inspirado em anedotas da história da própria família de Sansour e de sua infância em Belém, o que o torna seu filme mais pessoal até o momento. Combinando cenas filmadas em uma mansão abandonada, filmagens em Super 8 e fotos particulares, a edição imita o funcionamento da memória, revisitando constantemente as mesmas imagens ao lado de novos fragmentos em busca de significado. Durante todo o filme, a mansão serve como sede da memória. Nos cômodos, as esquetes são encenadas, acrescentando uma dimensão teatral, ampliando e exagerando os componentes narrativos, assim como a memória perpetuamente retrabalha, reforça, acrescenta e subtrai. Enquanto a maioria das cenas é representada por atores, outras cenas transformam objetos e lembranças em instalações esculturais, um espaço escuro decorado com dezenas de gaiolas de pássaros suspensas, um grupo de gaivotas empalhadas sentadas no chão ou uma pia independente cheia de limões até a borda.

Larissa Sansour nasceu em 1973 em Jerusalém Oriental, na Palestina, e estudou artes plásticas em Londres, Nova York e Copenhague. No centro de seu trabalho está a dialética entre mito e narrativa histórica. Nos seus trabalhos mais recentes, usa a ficção científica para abordar questões sociais e políticas. Trabalhando principalmente com cinema, Sansour também produz instalações, fotos e esculturas.

Reino Unido, 2023, 40’

diretora
Larissa Sansour, Søren Lind